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terça-feira, 7 de maio de 2013

Incarceron - Catherine Fisher

Ola pessoinhas.

Hoje a postagem é sobre Incarceron de Catherine Fisher.

Imagine uma prisão tão grande e tão vasta, a ponto de conter corredores e florestas, cidades e mares. Imagine um prisioneiro sem memória, que acredita firmemente ter nascido no Exterior, mesmo que a prisão esteja selada há séculos e que apenas um homem, em cuja história se misturam realidade e lenda, tenha dela conseguido escapar. Agora, imagine uma garota vivendo em um palácio do século XVII movido por computadores, onde o tempo parece ter sido esquecido. Filha do Guardião, está condenada a aceitar um casamento arranjado, cujos segredos a aprisionam em uma rede de conspirações e assassinatos, da qual ela deseja desesperadamente fugir. Um está dentro. A outra, fora. Entretanto, os dois estão aprisionados. Conseguirão enfim se encontrar? Parte fantasia, parte distopia, Incarceron reserva ao leitor a emocionante aventura de Finn e Claudia, dois jovens que desejam, a qualquer custo, destruir a barreira que os separa da liberdade.

Gostei, acima de tudo do mundo de Incarceron. O livro descreve com detalhes minuciosos e veracidade algo quase impossível de se pensar. O futuro. Bem, a parte mais difícil deve ter sido criar um mundo distópico que ninguém nunca imaginou antes. Pessoas do futuro presas no passado. A forma como pareceu natural, e criativo me atiçou a ler mais e mais. Não é, absolutamente, um livro previsível, apesar de conseguirmos decifrar um dos mistérios logo de cara. Com exceção disso não há outros casos. Cada pagina uma reviravolta, uma surpresa e assim vai nossa sanidade. Para ser bem sincera eu achei que ia ter aquela faísca que ia me cativar mais do que tudo, que iria perseguir meus sonhos e me fazer sonhar com o enredo. Infelizmente não houve isso. Mas meu otimismo continua em pé. Mesmo depois de terminar (e o final não ter sido tão satisfatório quanto imaginei no inicio) ainda tenho boas expectativas para com o próximo livro. Sapphique.

Não sei se essa foi a intenção da autora, mas eu sentia que não podia confiar em ninguém do livro, como se todos a qualquer momento iriam se mostrar maus. Bem, eu tive o mesmo sentimento de incerteza com Coração de Tinta, e adorei mesmo assim.

Em alguns aspectos posso dizer que a parte descritiva, do cenário, da comida, das pessoas, me lembrou muito de Jogos Vorazes. Mas a ideia é bem diferente e espero que o segundo seja melhor do que este. É um bom livro, com ideias diferentes, mas não foi o meu favorito dos últimos tempos.

Finn é bem ingênuo, e muitas vezes quem rouba a cena são outros personagens. Já Jared e Claudia são muito perspicazes e uma dupla e tanto. Destemidos e corajosos.

Recomendo e dou quatro estrelinhas.
Beijocas brilhantes,

Vi. TipoLinhas.